O índice de reciclagem de latas de alumínio para bebidas alcançou 100% em 2022. É a primeira vez na história que esse valor é registrado desde a criação do índice, em 1990, o que consolida o Brasil como referência global na reciclagem de latinhas.
A apuração é feita pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) em parceria com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas). No total, o volume total de latinhas recicladas foi de 390,2 mil toneladas de alumínio.
A atividade fortalece a economia circular e injeta R$ 6 bilhões por ano, além de contribuir para a geração de trabalho para 800 mil catadores.
Há vantagem ambiental no reaproveitamento, que permite a redução de 95% nas emissões de gás de efeito estufa (GEE) e consumo da energia elétrica em relação ao alumínio primário. “O protagonismo da indústria brasileira do alumínio na cadeia de reciclagem de latas para bebidas é resultado direto da aposta feita pelo setor nos últimos anos, na realização de investimentos para ampliação do número de centros de coletas, e na modernização das fábricas de reciclagem” afirma Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL.
Além do índice de reciclagem de latas de alumínio para bebidas, o porcentual de recuperação da sucata no Brasil, em 55,4%, também se encontra entre os mais altos do mundo. Contudo, há desafios que precisam ser superados. Segundo a ABAL, é necessário avançar nas discussões para ampliar o reaproveitamento, a partir de maior oferta de fomento ao setor, bem como a necessidade de redução da informalidade e maior acesso ao metal de fonte secundária. “Ainda existem fronteiras a serem exploradas, para o pleno aproveitamento das vantagens e benefícios proporcionados pela reciclagem de alumínio, que tem desempenhado papel cada vez mais estratégico na cadeia de suprimentos”, pontuou Janaina.
Outros desafios destacados pela ABAL são a disponibilidade e a reciclagem de produtos com vida útil esgotada, a exemplo dos produtos extrudados e bens de consumo, assim como a superação de desafios tecnológicos e de escala para ampliar a coleta e seleção de produtos multimateriais.
Fonte: Estadão Conteúdo – UOL