Indústria de resíduo eletrônico

Prospecção para descarte e reciclagem de lixo eletrônico.

 

 

 

 

Descarte

Todos os dias, milhares de aparelhos e equipamentos eletrônicos – como Ipods, TVs, computadores e outros – são substituídos, pois tornaram-se obsoletos, aos olhos de seus donos. Isto acontece devido à velocidade com que novos aparelhos são lançados e novas tecnologias que surgem, num processo planejado que visa obrigar o consumidor a substituir seus aparelhos, na maioria das vezes ainda funcionando, por novos, contribuindo para o aumento do chamado lixo eletrônico ou sucata eletrônica.

Podemos definir como LIXO ELETRÔNICO, ou E.LIXO, tudo o que é proveniente de equipamentos eletroeletrônicos, incluindo aparelhos celulares, computadores, impressoras e periféricos. O que existe por trás da carinha bonita do PC:

1. Chumbo: tubo de raios catódicos (CRT) e soldas
2. Arsênico: monitores CRT antigos
3. Selênio: suprimentos de energia
4. Retardantes de chamas à base de bromato: carcaças
plásticas, cabos e circuito integrado
5. Trióxido de antimônio: outros retardantes de chamas
6. Cádmio: bateria, circuito integrado, semicondutores
7. Cromo: decoração e proteção contra corrosão
8. Cobalto: estruturas
9. Mercúrio: encaixes, termostatos e sensores

 

De que é feito o computador
(Em relação ao peso total)

Plástico: 40%

Metais: 37%

Dispositivos Eletrônicos: 5%

Borracha: 1%

Outros: 17%

Materiais recuperáveis: 94%

Saúde em risco

Alguns retardantes de chamas bromados, usados em placas de circuito impresso e carcaças plásticas, não se decompõem com facilidade e acumulam-se no ambiente. A exposição prolongada a essas substâncias pode debilitar funções de memória e
aprendizado. Também interferem no funcionamento da tireóide e no sistema de produção de estrógeno. A contaminação intrauterina está relacionada a problemas comportamentais.

• Um total de mil toneladas* de um desses retardantes, o
TBBPA, foi usado em 2004 na manufatura de telefones celulares.
Pesquisas já demonstraram que o composto é neurotóxico, isto é,
afeta o sistema nervoso e o controle muscular.
• Os tubos de raios catódicos (CRT) dos monitores vendidos em
todo o mundo em 2002 contêm aproximadamente 10 mil
toneladas** de chumbo. O contato com esse elemento pode
causar deficiência intelectual em crianças e, nos adultos, afetar
os sistemas nervoso, circulatório e reprodutor.
• O cádmio, utilizado nas baterias recarregáveis de
computadores, em conectores e termostatos e em monitores CRT
antigos, não é biodegradável. O elemento é altamente tóxico e
prejudica principalmente os rins e os ossos.
• Compostos de cromo, usados como cobertura antierosão para
metais, são cancerígenos.
• O mercúrio, aplicado, entre outras coisas, para iluminação de
monitores flat, pode causar danos ao cérebro e ao sistema
nervoso central, em especial durante o desenvolvimento.
• O PVC (cloreto de polivinil) é um plástico clorado usado no
revestimento de muitos eletrônicos e como isolante em fios e
cabos. Durante a fabricação ou quando incinerado, libera dioxinas
e furanos, poluentes carcinogênicos que se acumulam nos seres
humanos e em outros organismos vivos. Esses químicos são
altamente persistentes no meio ambiente e tóxicos mesmo em
baixíssimas quantidades.

 

Reciclagem

Embora o reaproveitamento de materiais possa ser uma saída inteligente, os químicos perigosos presentes nos eletrônicos podem afetar as pessoas que trabalham no campo de reciclagem, assim como a vizinhança e o ambiente. Em países desenvolvidos, o processo acontece em lugares específicos para isso, sob condições mais ou menos controladas. No restante do mundo, a operação, na maior parte das vezes, não sofre nenhuma fiscalização.

 

Monitores, celulares, televisores, lâmpadas: para onde vão todos esses aparelhos, depois que são descartados
pelo consumidor? Muitas vezes, ficam jogados em um canto da casa. Outras, vão parar em aterros sanitários, com prejuízos para o meio ambiente — seus resíduos tóxicos podem contaminar lençóis freáticos e mananciais. Melhor seria se fossem levados para empresas de reciclagem licenciadas , capazes de eliminar os resíduos nocivos à saúde e reaproveitar o resto do material. É esse o trabalho realizado pela Ativa Reciclagem, empresa de Guarulhos especializada no reaproveitamento de lâmpadas, tubos de CRT (presentes em televisores e monitores) e aparelhos eletroeletrônicos em geral.

Aberta em 2005, a empresa familiar comandada pelos sócios Daniel e Demetrios da Silva Rinco começou
fazendo reciclagem de lâmpadas. Com o tempo, perceberam que havia uma forte demanda na reciclagem de
eletrônicos. “Foi preciso desenvolver novos processos de descarte”, diz Norio Muneyuki Furuguem, sócio da
empresa desde 2007. “Trabalhamos com resíduos perigosos, que precisam de tratamento especial. As lâmpadas
contêm fósforo e mercúrio; os monitores têm chumbo.”

A empresa recicla cerca de 30 mil toneladas de lâmpadas e monitores por ano. Mesmo assim, o investimento
inicial, de cerca de R$ 1 milhão, ainda não foi recuperado. “Faturamos algo entre R$ 30 mil e R$ 50 mil mensais, o
suficiente para a empresa se pagar, sem lucro”, conta Furuguem. A situação deve mudar com a recente aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Estamos nos preparando para fechar contrato com algumas empresas de eletroeletrônicos”, diz Norio. A Ativa espera dobrar o faturamento até o final do ano.

Veja como Funciona:

1. CORTE

Os tubos de televisores e monitores são cortados, para que haja a separação entre o vidro externo, que contém pó fosfórico, e o vidro interno, que contém chumbo.

2. DESMONTAGEM

Os aparelhos — na foto, monitores de computador — são levados para uma bancada, onde são desmontados e
descaracterizados. São retirados número de série, etiquetas de marca etc. Depois, são separados os materiais:
metal, plástico, vidro, placas de circuitos e outros.

3. COLETA

Uma equipe especializada vai até a empresa para recolher o material que será reciclado. Tanto na coleta quanto
no transporte, é preciso muito cuidado para não quebrar ou danificar os aparelhos.

4. GARIMPO

O vidro triturado é separado em duas categorias: o vidro puro, usado na parte externa dos monitores, será
vendido para a indústria de cerâmica; o vidro da parte interna do monitor, que contém chumbo, será usado na
fabricação de vidro fume.

5. TRITURAÇÃO

O vidro das lâmpadas e dos monitores é triturado para futuro reaproveitamento. Durante o processo, o material
também é descontaminado, com o uso de filtros que eliminam resíduos de mercúrio e pó fosfórico.

 

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